O BCP vai começar a distribuir o seu dividendo bruto de 0,017 euros por ação a partir de 21 de junho, anunciou esta noite o banco liderado por Miguel Maya em comunicado divulgado junto da CMVM.

As ações deixam de conferir direito a esta remuneração a partir (inclusive) da sessão de 19 de jumho.

Este dividendo refere-se às contas de 2023, quando o banco obteve um lucro de 856 milhões de euros (mais 8,4% do que em 2022). Os acionistas tinham já aprovado, na assembleia-geral de 22 de maio, a proposta da administração de distribuição de 30% deste valor (0,017 euros) e hoje foi então comunicada a data de pagamento.

O banco já tinha também anunciado no final de abril que iria propor a distribuição de 256,9 milhões de euros em dividendos relativos ao exercício de 2023.

Na sessão desta terça-feira, as ações do banco fecharam a ganhar 0,36% para 0,3592 euros. Tendo em conta esta cotação de fecho, ao dividendo proposto de 0,017 euros por acção corresponde uma rendibilidade ("dividend yield") de 4,73%.

O BCP planeia distribuir dividendos com um "payout" (proporção dos lucros que é canalizada para dividendos) de pelo menos metade dos lucros nos próximos anos (a começar já em 2025, por conta dos números de 2024), o que representará um aumento face a esta distribuição de 30% dos lucros de 2023. O anúncio foi feito por Miguel Maya, a 18 de abril, na conferência Millennium Talks Algarve.

Recorde-se que o banco voltou a pagar dividendos em 2019, depois de 10 anos sem o fazer – mas em 2020 e 2021 interrompeu a atribuição dessa remuneração. Face ao dividendo que distribuiu em 2023 (por conta dos resultados de 2022), o "payout" passa então de 10% no ano passado para 30% este ano.